Transportadoras enfrentam dificuldades para conseguir documento do DETRAN por causa da greve dos Correios

Sem o Certificado de Registro e Licenciamento de Veículo, caminhões novos e já emplacados não podem rodar

Um problema de burocracia está afetando o serviço de algumas transportadoras rodoviárias de carga e logística do Estado. Por causa da greve nacional dos Correios, à qual os servidores do Rio Grande do Sul aderiram no dia 17 de agosto, empresas do setor estão com caminhões parados em seus terminais. O motivo é o não recebimento de um documento obrigatório, o Certificado de Registro e Licenciamento de Veículo (CRLV), emitido pelo Departamento de Trânsito do Rio Grande do Sul (DetranRS).

Uma das transportadoras afetadas é a Dinon Transportes, que tem sede em Horizontina, mas possui a principal central de operações em Canoas, na Região Metropolitana de Porto Alegre. Para o diretor comercial e de logística, Marcelo Dinon, o Detran precisa apresentar uma alternativa: “Nós não estamos culpando ninguém, entendemos a questão da greve, mas o Detran precisa ter um plano B. Nós já pagamos tudo, dentro da lei. São vinte caminhões novos, emplacados, que estão parados. Não podem ir para a estrada porque não recebemos o CRLV original, temos apenas o provisório, que não permite que o veículo saia do RS. Nós entregamos mercadorias, como alimentos e bebidas, para outros estados. Eu liguei e nem uma alternativa digital o Detran nos apresentou. O atendente diz que é preciso ter o documento original, físico”. Dinon acrescenta que, por causa disso, motoristas e outros funcionários também acabam ficando parados. “Além disso, nós já assinamos contrato com os nossos clientes, que precisam receber as mercadorias”, salienta.

Ciente e preocupado com a situação, o presidente da Federação das Empresas de Logística e Transporte de Cargas no RS (FETRANSUL), Afrânio Kieling, entrou em contato, na tarde desta quinta-feira (27), com o diretor-geral do Detran, Enio Bacci. “O contato foi para pedir alguma sugestão para minimizar esta questão. Queremos resolver da melhor maneira possível. Estamos à disposição das autoridades de trânsito para dialogar”, afirmou Kieling.

FONTE: Assessoria de Imprensa da FETRANSUL