Reforma tributária busca simplificar, não reduzir impostos, afirma Maia

agosto 16, 2019 0 Por Site Fetransul

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse nesta sexta-feira (16) que a reforma tributária não vai reduzir a carga de impostos, mas vai trabalhar na simplificação para estimular o crescimento da receita.

“O sistema tributário do Brasil é tão complicado que pouca gente deve conhecer. É óbvio que a gente não vai olhar para uma reforma tributária dizendo que vamos reduzir a carga tributária. O governo federal tem 94% de suas despesas obrigatórias. Ninguém vai conseguir da noite para o dia reduzir”, disse Maia em um evento para empresários em São Paulo.

“Vamos trabalhar na simplificação para que a reforma estimule o crescimento da receita e aí vamos poder ter outro ambiente pros setores privados e público.”

Maia disse que primeiro é preciso reduzir o tamanho do estado e o crescimento das despesas públicas que há anos está acima da inflação.

“Para que a gente possa olhar para a reforma tributária não apenas como simplificação, primeiro vamos ter de olhas as despesas do estado que crescem, e vão inviabilizando prefeitos, governadores e o governo federal.”

Maia destacou que há setores que pagam menos e outros pagam mais impostos. “A simplificação vai reorganizar a realidade de distorções que existe hoje.”

“O estado brasileiro hoje tem servido, no máximo e de forma ineficiente, para pagar salários e aposentadorias, além do custeio da máquina. Por isso temos de trabalhar na readequação das despesas públicas para construir um novo estado mais eficiente, que gere produtividade no setor público e que seja objetivo nas prioridades.”

Em 29 de abril, Maia afirmou em sua conta no Twitter que a Câmara iria debater a reforma tributária “para cortar impostos, não para aumentar”.

Relatório

O relator da reforma tributária na comissão especial criada para discutir o tema na Câmara, deputado Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), anunciou nesta terça-feira (13) um plano de trabalho que prevê a entrega do relatório final em 8 de outubro. No mesmo mês, a comissão deve votar o relatório.

Fonte: G1