FETRANSUL pede reunião com EGR para discutir o reajuste no pedágio

fevereiro 28, 2020 0 Por Site Fetransul

Pegas de surpresa com a notícia do provável aumento de 51,8% na tarifa de pedágio para caminhões em rodovias estaduais administradas pela Empresa Gaúcha de Rodovias (EGR), entidades do setor de Transporte Rodoviário de Carga (TRC) do Rio Grande do Sul devem se reunir com a estatal na semana que vem. A data e o horário estão sendo definidos. O encontro será na sede da Federação das Empresas de Logística e Transporte de Cargas do Rio Grande do Sul (FETRANSUL). Também irão participar o Sindicato das Empresas de Transporte de Carga e Logística do Estado do Rio Grande do Sul (SETCERGS) e a Federação dos Caminhoneiros Autônomos do Rio Grande do Sul (FECAM-RS).

O objetivo é expor a inviabilidade de um reajuste tão alto, já a partir de abril. As entidades não foram consultadas para construir uma alternativa em conjunto com o governo gaúcho e querem apresentar uma proposta para a EGR. Segundo o presidente da FETRANSUL, Afrânio Kieling, a categoria é contra o aumento porque ele é inviável. “Não temos como absorver um reajuste tão grande, é abusivo. Além disso, as estradas estaduais estão em péssimas condições. Pagamos o pedágio e não recebemos infraestrutura nem segurança em troca. Os caminhões representam cerca de 20% da frota que circula nas estradas, mas pagam 80% do valor arrecadado com os pedágios”, afirma.

O reajuste foi aprovado após uma reunião do Conselho Gestor do Programa de Concessões e Parcerias Público-Privadas (CGEPPP/RS), na quinta-feira (27). Para os carros de passeio, foi proposta uma redução de 10%, em 12 das 14 praças de pedágio. A previsão é que as novas tarifas passem a valer a partir de abril.

A mudança, que terá que passar pelo aval do Conselho de Administração da EGR, em março, vale para as praças de Boa Vista do Sul, Candelária, Coxilha, Cruzeiro do Sul, Encantado, Flores da Cunha, Gramado, Santo Antônio da Patrulha, São Francisco de Paula, Três Coroas, Venâncio Aires e Viamão. A exceção são as de Campo Bom e Portão, onde o preço será mantido.

A FETRANSUL representa 13 sindicatos patronais e cerca de 13 mil empresas gaúchas, com uma frota estimada em 270 mil caminhões.