Fetransul marca posição na quarta Audiência Pública da ANTT, em Porto Alegre

maio 7, 2019 Off Por Site Fetransul

Porto Alegre sediou em 16 de maio, mais uma audiência pública da ANTT sobre a Política de Pisos Mínimos de Fretes. Lideranças do transporte de carga marcaram posição na reunião e entregaram um documento expressando sua opinião sobre a questão, além de oferecer um estudo consolidado sobre os pressupostos da tabela, tal como já fizera em outras três audiências, em Belém, Recife e São Paulo.

Afrânio Kieling, presidente da Federação, ao se pronunciar em nome dos transportadores, explicou que a FETRANSUL, em conjunto com a FECAM, criou um grupo de trabalho técnico para analisar a nova proposta de Pisos Mínimos de Fretes, sob a coordenação do engenheiro Lauro Valdivia, especialista no assunto.

“De modo geral, consideramos adequado o resultado do trabalho realizado pela ESALQ-LOG/ANTT  que contempla todos os custos numa operação de transporte. A limitação ou o não aproveitamento total deste trabalho se deve ao modelo definido pela lei que estabelece a formação do preço do frete numa equação simplista e equivocada que considera somente a distância percorrida  e a quantidade de eixos do caminhão utilizado, ignorando completamente a história da formação de preços em nosso país e no mundo, que se baseia no peso, na distância, no valor da mercadoria, no tipo e risco da operação, na legislação (lei da balança), do tipo de equipamento utilizado, do prazo para a realização dos serviços e outras variáveis imprescindíveis na formação do preço” argumentou Kieling.

Ele relatou, como reflexão, a experiência da FETRANSUL em analisar e discutir este tema complexo com a FECAM: “no momento em que foi publicado este trabalho da ESALQ-LOG/ANTT, a direção da FETRANSUL tomou a iniciativa de convidar as lideranças da indústria, do agronegócio e caminhoneiros autônomos para juntos entendermos como é formado o custo do frete e, a partir disso, chegar a um consenso do valor que deveria ser aplicado para cumprir a lei que, queiramos ou não, está vigorando e precisa ser cumprida. Tanto a indústria quanto o agronegócio, apesar de achar uma boa iniciativa, declinaram do convite, sob o argumento de que consideravam a lei inconstitucional e que haviam tomado medidas judiciais através de ações diretas de inconstitucionalidade, o que os impedia de se envolver nesse assunto”.

Neste contexto, prosseguiu Kieling, foram realizadas várias reuniões técnicas com a FECAM,  para analisar e discutir cada item que compõe a planilha de custos fixos e variáveis. O objetivo era chegar a um consenso sobre cada um destes itens e, por fim, formalizar junto à ANTT um posicionamento comum, que gerou o documento entregue à agência, assinado pelas entidades.

Concluindo, o presidente da Federação sugeriu a manutenção de um canal aberto de comunicação para resolver nossas diferenças, tendo em mente, que a principal causa destes conflitos está no fato de que estamos vivendo uma recessão em que  todos os setores estão sendo atingidos.  

Lideranças presentes à Audiência

  1. Afrânio Kieling- Presidente da Fetransul
  2. Mauro Dalla Valle – Vice-presidente de Transportes do SETCERGS e diretor da Fetransul
  3. André Costa –  Presidente da FECAM/RS
  4. Rudimar Costa   – Presidente do SETCESUL
  5. Diretores do SETCESUL 
  6. Renato Kopacek – Representando o SINTRALOG
  7. Gilberto da Costa Rodrigues- Diretor-executivo da Fetransul
  8. Raquel Caleffi – Assessora jurídica da Fetransul